O jejum intermitente trata-se de um padrão alimentar em que são estabelecidos intervalos, nos quais se alternam períodos de alimentação com períodos de jejum.
Pode ser feito com restrição da ingestão de calorias ou pelo não consumo total de comida por um determinado tempo, geralmente de 12-16 horas. (nessa conta entra as 8 horas de sono).
No período de jejum é permitido beber água com limão, café e chá (SEM adoçar).
Há variações nas formas que pode ser praticada. Uma nutricionista funcional, saberá qual modelo é mais adequado ao seu estilo de vida, e constituição orgânica.
O jejum intermitente é uma prática milenar. Antigamente o homem primitivo (nossos ancestrais cavernícolas, caçadores-coletores) não tinham acesso à comida com a mesma facilidade que temos hoje – em que basta abrir a geladeira para acessar sua fonte de alimentos. Com isso, seu organismo passava longos períodos sem comer.
O jejum esta ligado à tradições religiosas como islamismo, cristianismo, hinduísmo, budismo, xamanismo, etc. Então, não se trata de uma moda, e sim de uma estilo de vida que foi passado por gerações, para uma finalidade precisa para cada uma delas.
Hoje a ciência explica melhor seus BENEFÍCIOS, como: estabilização do humor, sono de mais qualidade, regulação da produção de hormônios (como cortisol, hormônio de crescimento), controle da glicemia (reduz a resistência a insulina), redução do peso corporal, redução de doenças crônicas – diabetes tipo 2 (reduz níveis de insulina), e prevenção no câncer (estimula as células do corpo para remover resíduos -autofagia).
Pode contribuir com redução de fatores de risco para doenças cardíacas como pressão arterial, colesterol, triglicérides e inflamações em geral.
Duração
Em termos gerais o JEJUM pode durar de 12 a 16 horas, com uma frequência inicial de até 2 vezes por semana, podendo chegar a ser realizado diariamente – na medida em que ocorre a adaptação à sua prática. As 8 horas (média) de sono podem ser contabilizadas dentro do período total do jejum. O limite da saúde – para que se possa alcançar os benefícios e não haver alguma perda muscular, é geralmente de até 16 horas.
O que acontece durante o JEJUM?
Durante este período o corpo realiza processos de reparação celular (autofagia) e transformações, inclusive na expressão gênica. Os níveis de insulina caem, e o hormônio de crescimento aumenta, são acionados hormônios antagônicos à insulina (glucagon), fazendo com que a produção da insulina despenque, e assim o cérebro ative a queima de reserva de energia proveniente dos seus estoques de gordura, proporcionando a formação de um estoque durador até a quebra do jejum.
Com a ingestão menor de calorias, há um aumento do metabolismo, o que contribui para a manutenção do peso. Pode aumentar o crescimento de novos neurônios e proteger o cérebro contra danos.
Benefícios do JEJUM INTERMITENTE:
- Facilita a queima de gordura.
- Manutenção do peso e diminuição da gordura abdominal
- Redução na resistência à insulina e do risco da diabetes Tipo II.
- Benéfico para a saúde cardiovascular.
- Reparo celular (autofagia )
- Contribui com a saúde mental.
- Ajudar no manejo de doenças neurodegenerativas -como o Alzheimer e Parkinson
- Contribui para um sono de melhor qualidade e menos variações de humor.
- Impactos positivos na memória e cognição, bem como no rendimento profissional.
- Aumento da expectativa de vida
- Contribui para regular o funcionamento do intestino, pois auxilia na limpeza celular.
Em 2016 o cientista Yoshinori Ohsumi ganhou o Nobel de Medicina por suas descobertas no campo da autofagia – uma espécie de reciclagem pela qual passam os componentes celulares. Em linhas gerais, suas contribuições apontam o jejum ou o corte radical de calorias como meios de promover saúde e longevidade.