O ácido ascórbico (vitamina C) é um composto hidrossolúvel que corresponde a uma forma oxidada da glicose. Não pode ser sintetizada por seres humanos e primatas.
Metabolismo
Nos seres humanos a vitamina C se absorve no intestinos através dos mesmos receptores da glicose para entrar na célula – por isso o consumo de doces e carboidratos simples diminui a absorção de vitamina ao competir por esses receptores.
(POR ISSO NÃO É CONVENIENTE TOMAR VIT. C COM AÇÚCARES)
Ao ser tão similar a glicose, e usar suas mesmas vias bioquímicas, se produz um fenômeno importante: QUANDO PRECISAMOS DE VIT. C, DESEJAMOS DE DOCES – por sua similitude estrutural.
A natureza planejou que os únicos alimentos doces sejam as frutas, os quais aportam esta vitamina.
Nós, seres humanos inventamos o açúcar, que ao ser ingeridas juntas, é absorvido o açúcar, não permitindo a absorção de vitamina C.
A vitamina C não tem o comportamento bioquímico de uma vitamina. Em geral as vitaminas atuam como co-enzimas e se reciclam varias vezes, pelo que só se requerem em pequenas doses (algumas miligramas). A vitamina C é doadora de elétrons (-) e é um escudo protetor de radicais livres, e se precisa de doses elevadas para repor a mesma.
Na maioria das plantas e dos animais (exceto homem e primatas) produzem diariamente 3 a 11 gr de vitamina C a partir da glicose (3000 mgr a 11.000 mgr), cifras estas 80 vezes superiores as recomendações diárias para o ser humano 60 mg /dia (0,06 gr /dia).
“Os animais que vivem com o “focinho“ nas lixeiras, bebendo água contaminada e se alimentando de lixo, tem taxas de doenças bem menores que os seres humanos porque eles tem a proteção que necessitam – seu organismo produz naturalmente vitamina C como forma de desintoxicação e defesa -.”
As quantidades “suficientes” de vitamina C na dieta (60 mgr/dia) foram estabelecidas no passado, com base numa quantidade necessária para combater o escorbuto.
Hoje em dia, após novas investigações, foi descoberto que as nossas necessidades são muito maiores.
Cálculos mais recentes recomendam, em ocasião de afecções viróticas, a ingestão de 3 a 4 gramas/dia.
A deficiência crônica de Vitamina C e Magnésio, ocasiona, entre outras doenças A ARTERIOSCLEROSE.
CONSUMA: vitamina C – PURA – sem adoçantes (naturais ou artificiais), sem sabor nem efervescência. A melhor versão, lógico, são as frutas. Porém se não conseguir, pode tomar ácido ascórbico (L-ascorbato).
A concentração de vitamina C nos tecidos é maior que no plasma e na saliva.
Níveis elevados se encontram nas glândulas hipófise e suprarrenal, em leucócitos, no pâncreas, nos rins, no baço e no cérebro.
FUNÇÕES
A VITAMINA C tem uma forma OXIDADA e uma forma REDUZIDA, que está em equilíbrio dependendo do potencial de oxidação do organismo. Quando a forma reduzida é levada aos pulmões, ela muda para a forma oxidada, tomando uma molécula de oxigênio, e quando retorna aos tecidos libera esse potencial de oxidação, retornando a sua forma reduzida. Assim a vitamina C oxida “queima” os vírus e patógenos, e o organismo os expulsa.
Assim realiza as funções de:
- produção do colágeno
- biossíntese da carnitina
- biossíntese de hormônios e aminoácidos
- biossíntese de outras substâncias do tecido conectivo, como elastina.
- participa da síntese e modulação de alguns componentes hormonais do sistema nervoso, como a hidroxilação de dopamina e noradrenalina
- pode aumentar a biodisponibilidade do ferro, já que o mantêm na forma reduzida (ferroso, Fe 2+), estimulando sua absorção.
Usos industriais do ÁCIDO ASCÓRBICO
As reações de oxirredução são caracterizadas pela ocorrência de processos de oxidação e de redução simultâneos. A substância que sofre oxidação, perdendo elétrons e aumentando o seu número de oxidação (Nox), é denominada agente redutora.
Já a espécie química que se reduz, ganhando elétrons e diminuindo seu Nox, é o agente oxidante.
Existem muitos agentes redutores e oxidantes comuns em nosso dia a dia.
Na medicina e na indústria, um dos agentes redutores mais conhecidos é a vitamina C, cujo nome químico é ácido L-ascórbico ou simplesmente ácido ascórbico.
O ácido ascórbico em solução aquosa possui uma facilidade excepcional para ser oxidado, portanto essa característica faz com que ele seja um ótimo antioxidante.
Isso significa que ele protege outras espécies químicas de se oxidarem, em razão do seu próprio sacrifício.
Um exemplo disso se dá quando ele é adicionado em alimentos, principalmente nas frutas. Sabemos que quando cortamos uma fruta, como por exemplo, a maçã, a banana ou a pera, dentro de pouco tempo elas escurecem. Isso se dá porque compostos fenólicos naturais oxidam na presença de enzimas e do oxigênio presente no ar. Quando esses compostos das frutas oxidam, eles geram as quinonas, que podem sofrer polimerização e formar pigmentos escuros e insolúveis, chamados de melaninas.
Referências bibliográficas:
http://www.ilsi.org/Brasil/Documents/21%20-%20Vitamina%20C.pdf