Um remédio homeopático que produz um sintoma numa pessoa sadia , você utiliza esse remédio para uma pessoa doente com esse sintoma . Fazendo uma analogia, é como usar o veneno da cobra para curar alguém picado por ela , porém diluída e dinamizada sem os efeitos tóxicos . A ciência preconiza que duas forças iguais quando se encontram, se anulam. É por isso que a terapêutica homeopática funciona tão bem.
Exemplo : coffea crua ( café ) se tomado por uma pessoa saudável , produz “insônia com muito pensamentos a noite” ; então posso utilizar coffea crua ( café ) para um paciente com esse tipo de insônia com êxito .
O resultado terapêutico é tanto melhor quanto a similitude seja mais exata .O remédio deve ser o “espelho” do doente .
O conjunto das patogênicas , de todos esses efeitos produzidos pelos remédios experimentados em pessoas sadias , se chama de Matéria Médica ,um verdadeiro tratado médico de semiologia reacional .
A Matéria Médica é a “bíblia” de todo médico homeopata , e você verá sempre um destes tratados sempre por perto de um médico homeopata .
O remédio homeopático:
- estimula ao organismo a processar a autocura
- preparados a partir de uma solução de álcool e água (tinturas)
- são diluídos muitas vezes para diminuir os efeitos colaterais.
“Toma-se uma parte da substância curativa pura e dilui-se em 99 partes de solução hidroalcoólica a 70% (i.e., 70% de álcool etílico e 30% de água): esta é a primeira diluição ou primeira potência (CH1). Depois, da diluição resultante, toma-se 1(uma) parte e dilui-se novamente com 99 partes de solução alcoólica a 70%; esta é a segunda diluição ou segunda potência (CH2). E assim por diante”.(7)
A homeopatia considera que quanto maior a diluição seguida da sucção, maior será a potência do preparado.
Elaboração dos remédios homeopáticos
Para elaborar os remédios, a homeopatia usa algumas substâncias tóxicas que, se ingeridas de forma incorreta, podem trazer danos ao organismo. É o caso do veneno de aranhas, de plantas venenosas, como a Belladona, e de metais como o mercúrio. Mas, devido ao avançado processo de diluição, esses verdadeiros venenos perdem a possibilidade de qualquer efeito nocivo e agem de forma positiva sobre o organismo, restabelecendo seu equilíbrio, sua energia vital, estimulando-o para a autocura.
Samuel Hahnemann começou usando substâncias diluídas e percebeu que essas diluições ainda eram fortes e podiam causar reações indesejáveis. Então, passou a diluir cada vez mais, na escala de 1 para 100, chegando às doses mínimas (infinitesimais). Ele percebeu, também, que ao fazer diluições sucessivas das substâncias e agitá-las diversas vezes (sucussão), obtinha melhores resultados. E adotou, então, essa dinamização (dynamis – vem do grego e significa força) como processo de elaboração desses remédios.
Hoje a homeopatia engloba mais de 3 mil “medicamentos” que podem ser extraídos de fonte vegetal, mineral, animal e produtos químicos e os remédios homeopáticos podem ser encontrados na forma de gotas, formulações magistrais, glóbulos, tabletes, comprimidos, pós e supositórios.
O preparo dos compostos homeopáticos segue princípios e técnicas bem definidos e simples em si [a questão da validade não é aqui discutida]. De ordinário, há as seguintes etapas:
- Extração dum princípio mineral ou vegetal da fonte;
- Pulverização (trituração e moagem) do insumo, quando necessário;
- Dissolução num veículo adequado, aquoso, hidroalcoólico, etc.;
- Diluição em sequência centesimal hahnemanniana;
- Sucção, Dinamização ou Potencialização.