O trigo é a principal fonte de glúten na dieta do ocidente.
O TRIGO é composto principalmente de carboidratos e contém de 10 a 15% de proteínas, 80% dessas proteínas correspondem ao glúten.
Por que essa planta aparentemente benigna, que sustentou gerações de seres humanos, de repente se voltou contra nós?
“O pão nosso de cada dia nos dai hoje.”
Mais para aí , isso é loucura !! O pão é um alimento desde a época de Jesus e vc me dirá: isso não pode fazer mal !!!! . E te responderei que , o trigo daquela época , não se parece com o atual “trigo” .Não
Trigo e tudo igual ??
A ideia de que um alimento tão profundamente enraizado na civilização humana , possa ser prejudicial é, no mínimo, perturbadora, pois se opõe a visões culturais arraigadas sobre o trigo e o pão.
No entanto, o pão de hoje tem pouca semelhança com os pães de nossos antepassados.
Desde as linhagens originais de gramíneas silvestres, colhidas pelo homem primitivo, o trigo acabou desenvolvendo mais de 25 mil variedades, praticamente todas resultantes da intervenção humana.
Há aproximadamente 10.000 anos , os seres humanos primitivos , suplementam sua atividade de caçadores-coletores com a colheita de plantas nativas, entre eles o trigo einkorn, que era moído manualmente e depois consumido como mingau.
Na época de Moisés , passou à espécie conhecida como emmer, seguida pela espécie cultivada Triticum aestivum, o trigo mudou muito pouco, sofrendo alterações pequenas e naturais .
O trigo Triticum aestivum até a primeira metade do século 20 , se manteve praticamente o mesmo . Então a farinha que minha avó usava na década de 40, não era muito diferente da farinha do século 17.
Tudo isso acabou a partir da segunda metade do século XX, quando uma revolução nos métodos de hibridização transformou esse cereal. O que hoje chamamos de trigo não é a mesma coisa, o trigo mudou, mas não por meio de forças naturais, como secas ou doenças, e sim por meio da intervenção humana.
Como resultado, o trigo sofreu uma transformação mais drástica para transformar-se em algo totalmente singular, quase irreconhecível quando comparado com o original, e, ainda assim, atendendo pelo mesmo nome: trigo.
EINKORN EMMMER TRITICUM AESTIVUM
O glúten de uma linhagem de trigo pode ser bem diferente, em sua estrutura, daquele de outra linhagem. As proteínas do glúten do trigo einkorn, são diferentes das proteínas do glúten do trigo emmer, que por sua vez são diferentes das proteínas do glúten do Triticum aestivum.
O problema principal são os grãos modificados que são consumidos atualmente, com cruzamento genético para o aumento da produtividade – hibridização -.
A “DETERIORAÇÃO” DO TRIGO NOS ÚLTIMOS 50 ANOS TROUXE AUMENTO DE MAIS DE 400% DE GLÚTEN , NA FARINHA DE TRIGO
Também surgiram novas proteínas que não existiam antigamente, e que nossos antepassados não consumiam.
Pequenas mudanças na estrutura das proteínas do trigo podem significar uma resposta imunológica devastadora .
Atualmente o einkorn, o emmer e as linhagens originais de Triticum aestivum, silvestres e cultivadas, foram substituídos por milhares de descendentes modernos, criados pelo ser humano.
O trigo Triticum ( “anão ”) de hoje é produto de cruzamentos destinados a gerar plantas mais produtivas e com determinadas características, como a resistência a doenças, à seca e ao calor.
Na realidade, o trigo foi tão modificado pelo ser humano que as linhagens modernas não conseguem sobreviver sozinhas na natureza, necessitando de cuidados como fertilização com nitratos e defensivos agrícolas .Ele está entre os cereais mais consumidos no planeta. E o trigo também é um inegável sucesso financeiro.