O SISTEMA IMUNOLÓGICO
Seu sistema imunológico trabalha como as forças armadas, disposto a defendê-lo dos invasores (germes e toxinas) do ambiente, assim nos permite defender-nos do mundo externo e sobrevivermos.
Existem 4 sistemas imunológicos, a grande maioria está no aparelho gastrointestinal (80 %), também tem no gado (células de Kupffer), no sangue (glóbulos brancos), e no cérebro (células gliais),trabalham por separado, porém se comunicando entre si… Isso significa que se seu intestino não está funcionando bem, seu sistema imunológico estará comprometido.
INTESTINO SAUDÁVEL = SISTEMA IMUNOLÓGICO SAUDÁVEL
O sistema imunológico tem duas partes: a “inata” e a “adaptativa”.
A IMUNIDADE INATA (não específica) é a primeira linha de defesa, a mais rápida e a mais imediata.
Está sempre pronta a agir com rapidez e eficiência, mas não tem “memória” e, por isso, não confere uma imunidade duradoura. Frequentemente trabalha por meio de um mecanismo conhecido como “inflamação aguda”; uma reação quente e temporária, que representa os esforços do corpo para afastar uma infecção.
Suponhamos que você corte seu pé com um prego enferrujado. E agora ficou uma porta aberta para a entrada de bactérias e, se não aparecer alguma forma de proteção, essas bactérias nocivas vão infectar seu pé. O sistema imunológico inato parte para o resgate e envia toda uma equipe de substâncias químicas – citocinas – para o local, reconhecendo o que é ameaçador, destruindo e reparando. Este processo cria a chamada inflamação aguda que é a sua principal arma, numa tentativa de curar a infecção e a lesão.
Se esta primeira linha de defesa não for suficiente, se ativa a IMUNIDADE ADAPTATIVA (humoral), que é como se fosse uma artilharia pesada, onde seus soldados lançam seus mísseis (os anticorpos).
Este sistema adaptativo possui uma espécie de memória; e desse modo, permite que você reconheça algumas dessas ameaças e desenvolva contra elas uma proteção duradoura impedindo que você pegue certas doenças mais do que uma vez (é assim que funciona a vacinação).
O sistema imunológico adaptativo aprende a reconhecer ameaças específicas e desenvolve anticorpos para combatê-las. Quando um anticorpo detecta uma ameaça, instrui o sistema imunológico a destruí-la com uma avalanche de substâncias químicas inflamatórias.
Embora cada anticorpo tenha como alvo uma ameaça específica, os anticorpos foram projetados para um ambiente natural, e não das inumeráveis substâncias químicas que existem no ambiente atual, por isso podem se “confundir” e atacar células de um órgão do seu corpo que se parece com seu alvo primário (mimetismo molecular).
Os anticorpos – as chamadas imunoglobulinas (Ig)
IgA: se encontra no trato respiratório (na saliva, nas lágrimas, nas mucosas de nariz, boca, pulmões), no trato urogenital e no leite materno.
Se você tem supercrescimento de leveduras (fungos) no intestino, é pico que o nível de IgA apareça baixo num exame de fezes. Este é um dos indicadores de que o seu sistema imunológico não está funcionando perfeitamente e de que você terá mais dificuldade para combater infecções.
IgE: se você tem alergias, os anticorpos IgE estão envolvidos. Eles entram em ação imediatamente assim que detectam um intruso, para liberar um bombardeio de substâncias químicas inflamatórias e protetoras. Infelizmente, os efeitos dessa inflamação muitas vezes são piores que os invasores.
IgM: é o primeiro anticorpo a ser produzido quando existe uma ameaça, caso ele não consiga neutralizar o invasor, produzem-se outros anti corpos que assumem a tarefa. IgG: este tipo de anticorpo desencadeia uma resposta inflamatória bem mais lenta e menos intensa que a do IgE – uma resposta conhecida como “sensibilidade”, e não alergia. O anticorpo IgG cria reações inflamatórias mais sutis que podem demorar até 72 horas para se manifestar, o que dificulta imensamente a detecção do que causou os sintomas. As sensibilidades ao glúten e laticínios são consequências comuns da ação desse tipo de anticorpo.