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GLÚTEN , LACTEOS E AÇÚCARES

GLÚTEN 

É uma proteína encontrada em vários grãos, trigo, centeio e cevada, (arroz, milho e quinoa também tem, porém ele é menos tóxico).

Hoje em dia, o glúten está em toda parte e domina nossa dieta de um jeito que nossos avós jamais poderiam ter imaginado. Além disso, o tipo de glúten a que estamos expostos hoje não é a mesma proteína que nossos ancestrais conheciam, mas uma substância nova e muito mais perigosa para a nossa saúde. 

A concentração do glúten no trigo aumentou mais de 400 vezes pelos processos de hibridização, e assim, ele fica muito menos digerível e mais problemático.

Já foi demonstrado que nenhum ser humano tem enzimas para digerir completamente o glúten, é isso que causa inflamação nos intestinos que leva a permeabilidade  intestinal (Dr. Alessio Fasano da universidade de Harvard).

Como o glúten é uma proteína amorfa isto dificulta o “cortar” das enzimas (tesouras) de nosso organismo.  Enzimas são como cortadores de gramas, a grama seria a proteína querendo ser cortada em pedaços menores para se poder ser digerida.

Por esse motivo, o glúten não é nutritivo, ele é comido e excretado porque não pode ser cortado e digerido.

Para muitas pessoas esta falta de digestão não ocasiona problemas, mas para outras que são mais sensíveis imunologicamente ao glúten isto causa uma série de transtornos e doenças.

Na atualidade, mais de 50% dos alimentos que consumimos diariamente vem dos grãos de trigo, arroz e milho. Grãos são bons para maioria das pessoas, porém em quantidades moderadas, nas quantidades atuais elas contribuem também para diabetes e obesidade. 

Gluteomorfina (ou gliadorfina ) são peptídeos (fragmentos da proteína de glúten glaiadina, durante a digestão), eles são absorvidos pela corrente sanguínea e se ligam aos receptores opioides cerebrais, produzindo um efeito similar às endorfinas que produzimos quando realizamos sexo ou exercícios físicos. Isto provoca um comportamento aditivo (viciante ) ao comer pão e produtos com farinha de trigo. A gluteomorfina também está relacionada à esquizofrenia e autismo.

Para uma explicação mais extensa sobre este tema veja meu e-book “glúten: moda ou consciência” 

LÁCTEOS 

Na vida atual, o leite e derivados não estão mais na sua forma natural, isto tem ocasionado uma série de problemas de saúde. 

O leite é pasteurizado: pasteurização é um processo de aquecimento do leite para retirar as bactérias, porém neste processo se perdem enzimas e vitaminas, fazendo ele menos digerível e menos nutritivo. O leite UHT (Ultra High Temperature), também conhecido como Longa Vida, é obtido pelo processo de Temperatura Ultra Alta de Pasteurização, bom, sem palavras.

Os produtos lácteos são homogeneizados; homogeneização é o processo que dá aquela cremosidade dos produtos lácteos tão gostosos. Porém, este processo muda o tamanho e a forma da gordura do leite, podendo, desta forma, entrar na corrente sanguínea e causar inflamações no corpo. 

As vacas leiteiras atuais produzem mais que o dobro do leite do que há muitas décadas atrás, isto se deve ao uso de hormônio de crescimento bovino (rest. :  somatotropina bovina recombinante), que pode causar certos cânceres em humanos .

A intolerância à lactose é por falta da enzima – lactase – que digere (cortar) a lactose – açúcar do leite – para assim poder ser digerido. Se tem intolerância, não pode ser digerido, causando uma série de transtornos no organismo.

A caseína é a proteína do leite e ela é difícil de digerir, principalmente para as crianças pequenas, pois seu tamanho é muito maior que as proteínas do leite materno.

Também existe sensibilidade cruzada na produção de an corpos contra o glúten em presença de lácteos na dieta. Ou seja, alguns pacientes celíacos ou sensíveis ao glúten ingeriram lácteos e criaram an corpos contra o glúten, mesmo na ausência dele, e claro, causando a volta dos seus problemas de autoimunidade.

A caseomorfina, um peptídeo (um fragmento da proteína do leite: caseína) pode atuar nos  receptores de opiáceos no cérebro e  causar reações de sensibilidade por autoanticorpos que ataca o cérebro produzindo disfunções cognitivas como  déficit  de atenção, quadro de hiperatividade e quem sabe até autismo.

Então, a exposição à alta quantidade de caseína (consumir muito leite e derivados) pode dar uma reação igual ao glúten. Tenha isso em mente.

AÇÚCAR 

 O açúcar não faz mal em seu estado natural e tem um valor nutritivo (crianças que comem cana de açúcar -in natura – não apresentam cáries).

 Porém, existe o açúcar  refinado e o açúcar concentrado (xarope de milho,  xarope de frutose  altamente concentrado)  que a indústria dos alimentos usa por ser mais barato, e como aditivo dos alimentos para  realçar seu sabor,  além , claro, do efeito viciante por todos os conhecidos (picos de glicose).

Excesso de qualquer açúcar na dieta causa inflamação sistêmica, ou seja, em todos os tecidos do corpo humano, tornando-se um gatilho para as doenças autoimunes.

Os picos de glicose no sangue que se produzem ao ingerir grandes quantidades de açúcar têm efeito viciante, aumentam a insulina (causa de obesidade e diabetes) e causam inflamação crônica sistêmica.

Por outro lado, os adoçantes artificiais podem causar muitos problemas de saúde com seu uso prolongado. 

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