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REPOSIÇÃO HORMONAL

HORMÔNIOS BIOIDÊNTICOS

Sim, acredito que este tema é de verdadeira importância para a recuperação e manutenção da saúde, e em muitos casos, para tratar doenças ou problemas devido à falta de hormônios, aliás, hoje em dia tão comum.

Hormônios são substâncias químicas que transferem informações e instruções entre as células do nosso organismo. Também chamados de “mensageiros químicos do corpo”. Eles controlam as funções de muitos tecidos, regulam o envelhecimento, regulam o desenvolvimento na criança, auxiliam as funções reprodutivas e regulam o metabolismo (o processo usado pelo organismo para produzir energia a partir dos alimentos).

Hormônios são muito importantes tanto para a manutenção da nossa saúde, assim como também para sua recuperação e normalização das funções vitais. Eu pessoalmente sempre fiquei longe dos hormônios, ou das coisas que nos vendiam como hormônios pelos seus efeitos colaterais nefastos. 

Hormônios bioidênticos

Os hormônios bioidênticos são hormônios que têm exatamente a mesma estrutura química e molecular encontrada nos hormônios produzidos pelo nosso organismo, independentemente da fonte da qual se origina (assim pode ser natural ou sintética), por este motivo têm ação mais fisiológica e natural dentro do nosso organismo, entretanto devem ser utilizados respeitando dosagens fisiológicas em pacientes com deficiências.

A reposição hormonal convencional, visa substituir os hormônios que estão em níveis muito baixos e trazê-lo a um nível comparado com as de indivíduos da mesma idade, necessita-se então, doses mais elevadas de hormônios para restabelecer a deficiência grave já instalada. Já na modulação hormonal, o modo de tratamento é diferente, pois o objetivo é  prevenir que os hormônios declinem ainda mais e evitar que eles se tornem deficiêntes graves, ou seja, restabelecer o equilíbrio hormonal em pequenas doses hormonais e de maneira fisiológica.

Em virtude dos maus hábitos alimentares e das características da vida moderna, atualmente as quedas hormonais começam cada vez mais cedo, juntamente com as doenças. Homens jovens já estão com níveis de hormônios drasticamente reduzidos, com reflexos visíveis na sua saúde. O início da queda hormonal já ocorre em média aos 30 anos de idade. 

Função de alguns hormônios que existem na forma bioidêntica ao que existe no nosso organismo:

 DHEA: é o hormônio mais abundante no corpo humano, a produção chega ao seu pico por volta dos vinte anos. Daí em diante, quanto mais envelhecemos, mais cai o seu nível de DHEA. Aos 40 anos, o organismo produz metade da DHEA que produzia antes. 

  • Aumenta a energia;
  • Melhora a função imune;
  • Melhora o humor;
  • Melhora a função cognitiva.

O DHEA, que é produzido pela glândula adrenal, serve como matéria-prima para a fabricação de todos os outros hormônios importantes como o cortisol.

Cortisol: O cortisol é produzido pela glândula supra-renal que está envolvida na capacidade de resposta ao estresse. É um hormônio essencial para a qualidade de vida, sua deficiência causa sintomas como fadiga, depressão, inflamação e hipotensão. Sua quantidade em níveis adequados no sangue são responsáveis pelo:

  • Aumento de energia (coloca a glicose no sangue para ser utilizado);
  • Manutenção da pressão sanguínea; 
  • Diminuição da inflamação; 
  • Aumento da resistência à situações de estresse; 
  • Melhora da capacidade de trabalho (mais energia); 
  • Capacidade de regular o sistema nervoso simpático (regula à adrenalina); 
  • Regula o ciclo sono-vigília (o cortisol é maior durante o dia e menor à noite). 

No quadro de estresse contínuo (anormal), enquanto a “fábrica” está trabalhando, se produzem níveis diários muito elevados de cortisol   que te afeta de muitas formas, como por exemplo, aumentando a produção de energia durante o dia, e aí você tem dificuldades para entrar no sono. Também se perde massa muscular, se engorda e diminui sua imunidade, ficando mais sensível à infecções. Causa hipofunção da  tireoide por depleção da tirosina. Fica irritado, nervoso, cansado, porém, se faz atividade física, sente-se melhor.

Depois de muitas semanas ou meses, se continuar o quadro de estresse contínuo, começa a diminuir a produção de cortisol, e então, sobrevém a síndrome da fadiga adrenal, tão comum em nossos dias e nas grandes cidades. A síndrome de fadiga adrenal ou cansaço crônico tem os seguintes sintomas:

  • Fadiga; 
  • Ansiedade, ate incluso sindrome do panico; 
  • Intolerância ao estresse, não tem mais energia, qualquer coisa o cansa e irrita;
  • Resfriados frequentes; 
  • Cansaço pela manhã e/ou tarde 15-16h; 
  • Tonturas ao se levantar; 
  • Hipotensão arterial ao se levantar; 
  • Distúrbios da memória e concentração; 
  • Queda de cabelo, da raiz e unhas frágeis;
  • Sente-se pior com atividade física; 
  • Sente dores de todo tipo. 

Essa síndrome precisa ser suplementada com cortisol, coisa que poucos profissionais da área médica conhecem. Frequentemente vejo isso no consultório, devido ao intenso estresse da vida moderna. Mas também, nas pessoas que realizam quimioterapia, onde os químicos “atacam” as delicadas células da tireoide e supra renais, causando uma hipofunção nessas glândulas. 

A fadiga crônica, a hipofunção da tireoide e disfunção dos hormônios masculinos e femininos, representam em grande medida as causas mais comuns de depressão e ansiedade que nossa sociedade padece e que na minha opinião, são tratados como simples transtornos mentais, não dando o suporte hormonal que merecem. E finalmente sobrevém a exaustão adrenal, onde já praticamente não existe cortisol,   colocando em risco a vida da pessoa. 

Tireoide: Os hormônios tireoideanos agem em quase todas as células do corpo e controlam a taxa metabólica, os movimentos do intestino e até mesmo a respiração celular. Quando envelhecemos, os níveis de hormônios tireoidianos declinam, mas em geral, as pessoas não se atentam a este fato, pois muitas vezes seus hormônios estão normais no exame de sangue, porém, sua temperatura basal axilar é baixa.

Os hormônios podem estar normais nos exames, porém eles não “trabalham” por interferências de tóxicos ou drogas, infecções virais ou estresse, chama-se isto de hipotireoidismo secundário. Também se suplementa oficialmente, hoje em dia, com o T4, e não o T3, que  é o hormônio ativo. (93) 

Um estudo no Reino Unido chegou à conclusão que deveria se avaliar a tireoide pelo teste de temperatura basal e não pela dosagem de TSH, que habitualmente se faz, como melhor teste. (94) Teste de temperatura basal, considerado padrão ouro para diagnosticar hipotiroidismo, consiste na medição da sua temperatura axilar por 8 minutos ao acordar, sem se levantar da cama. Deverá ser realizado por 5 dias seguidos e tirar uma média das temperaturas. O resultado encontra-se na faixa de 36,6 a 36,9 como normal (Dr Broda O.Barnes). Um valor menor de 36,6 significa hipotiroidismo, mesmo com seus valores sanguíneos normais e deveria ser tratado. Baixos níveis de hormônios tireoidianos estão associados a: 

  • O aumento da gordura corporal;
  • Diminuição da energia;
  • Frio em extremidades do corpo como mãos e pé;
  • Aumento do colesterol ruim; 
  • Perda de memória.

 Testosterona: A testosterona no homem é um hormônio produzido principalmente nos testículos. Com o envelhecimento, existe uma queda progressiva da produção da testosterona. A diminuição da testosterona está relacionada com: 

  • Irritabilidade, ansiedade  e depressão;
  • Baixa concentração ou memória ruim;
  • Aumento da gordura corporal;
  • Diminuição da massa muscular;
  • Diminuição do bem-estar;
  • Aumento do risco de reação inflamatória do corpo;
  • Aumento do risco de doença cardíaca;
  • Maior predisposição à obesidade visceral – (risco de ataque cardíaco);
  • Suscetibilidade à depressão;
  • Maior perda óssea;
  • Disfunção erétil.

A testosterona, apesar de ser um conhecido como “hormônio masculino”, é encontrado tanto em homens como em mulheres, ainda que a quantidade de testosterona no corpo das mulheres seja muito menor, cerca de 20 a 30 vezes  menor que nos homem, a testosterona na mulher têm função fundamental. Sua diminuição na mulher dá sintomas como: 

  • Cansaço;
  • Baixa libido;
  • Depressão; 
  • Perda da massa muscular; 
  • Aumento da gordura corporal; 
  • Desânimo inexplicável diante da vida; 

Dessa maneira, é comum que procurem ajuda e passem a usar remédios que atuam no sistema nervoso central (como antidepressivos), sem que ofereçam alguma melhora.

Estrogênios: A produção desse hormônio começa na adolescência, quando é responsável pelo aparecimento dos sinais sexuais secundários na mulher, e vai até a menopausa, quando existe uma queda abrupta da produção deste hormônio na mulher. Já o homem, apresenta níveis menores mas relativamente estável de estrogênio na vida adulta. Na falta de estrogênio (como no caso da menopausa) está relacionado com:

  • Ondas de calor;
  • Depressão;
  • Perda de memória;
  • Perda lubrificação vaginal;
  • Perda da libido;
  • Diminuição do brilho da pele; 
  • Aumento de gordura corporal (barriga); 
  • Osteoporose. 

Estudos recentes têm associado a diminuição do estrogênio com o Mal de Alzheimer, considerando que estrogênio produzido naturalmente pelo nosso organismo é neuroprotetor.

Progesterona: também conhecido como o hormônio “feel-good”. A progesterona é produzida principalmente nos ovários (mulher), testículos (homem) e adrenais em ambos os sexos. 

As mulheres atualmente estão muito preocupadas com seu metabolismo hormonal individual (seja para academia as mais jovens ou na menopausa as mais “vivas”). Na era das pílulas anticoncepcionais (que os médicos prescrevem), as coisas mudaram muito. Os processos hormonais no corpo das mulheres que ingerem as pílulas, não estão mais acontecendo naturalmente. Os contraceptivos impedem a ovulação, portanto, impedem a produção de progesterona e testosterona e assim começam os problemas.

Hoje são bem conhecidos todos os riscos da falta de progesterona pelo uso de contraceptivos e existem maneiras de compensar. A melhor maneira é suplementar a progesterona através de um gel transdérmico de alta absorção com nano partículas. A progesterona age em todo o corpo físico e emocional da mulher:

  • Protege contra o câncer de mama e uterino;
  • Protege contra mama fibrocística (cistos); 
  • Ajuda a restaurar a libido normal;
  • Auxilia o corpo a normalizar as taxas de açúcar;
  • Auxilia no tratamento da osteoporose;
  • Atua como antidepressivo natural, agindo contra a ansiedade e a irritabilidade;
  • Facilita a ação dos hormônios da tireoide;
  • Auxilia na perda de peso;
  • Melhora os sintomas Pré-menstrual (TPM).

 Melatonina: A melatonina é um neuro-hormônio produzido no cérebro por uma pequena glândula chamado de Pineal, tem como principal função regular o sono, uma espécie de sinal biológico para a chegada da noite, permitindo que o organismo sincronize seu funcionamento com o passar do dia e da noite. 

A partir dos 20 anos de idade, em média, ocorre diminuição de melatonina entre 10 a 15% para cada década de vida, por isso, com a idade aumenta-se a chance de outros problemas como insônia. Recentes descobertas em relação à melatonina, tem evidenciado outras funções importantes além da própria regulação do sono, a melatonina desempenha potente ação antioxidante cerebral (protetor de tumor cerebral), função importante no antienvelhecimento.

Pregnenolona: é o neuro-hormônio importante do corpo humano, pois de acordo com a fisiologia e bioquímica, ela é uma molécula fundamental para formação de hormônios essenciais para a vida saudável do adulto, é responsável pela formação do estradiol, a progesterona, do DHEA e da testosterona, também existe em abundância nas mitocôndrias de células nervosas e da glândula supra-renal.

Como a maioria dos hormônios anabólicos (formadores de tecidos), ele começa a declinar após os 30 anos de idade. Estudos apontam que a pregnenolona têm função de neurotransmissor e estímulo da neurogênese (formação de neurônios novos) comprovado nos estudos em animais, pois, ao contrário do que os neurocientistas antigos afirmavam, o cérebro é capaz de formar neurônios novos.

Gostaria de concluir afirmando mais uma vez que a terapia de equilíbrio hormonal isomolecular ou bioidêntico é um tratamento natural. Quando realizado por um especialista, seguindo todos os critérios e protocolos, é extremamente seguro e eficaz. É possível equilibrar metabolicamente e otimizar os níveis hormonais ideais para cada pessoa.

O que não é aceitável, é administrar contraceptivos orais para meninas de 14 anos com naturalidade absoluta. Estes passam hormônios sintéticos que irão alterar toda a cascata hormonal sexual da garota. Mas, se esse absurdo já está sendo feito e aceito como normal, por que não reequilibrar a situação, com hormônios feitos exatamente com a mesma estrutura bioquímica molecular dos hormônios do corpo? Essa questão permanece para reflexão.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

COUTO ALVES, Maria de Lourdes; SALERNO, John. Melhore Sua Saúde Com Hormônios Bioidênticos, Homeopatia e Nutrição. [Local não mencionado]: [Editora não mencionada], [ano não mencionado].

OLSZEWER, Efrain; LEVY, Natan; MAURICIO JUNIOR, Nelson; AGUIAR, Reginalda Russo. TMHB – Terapia de Modulação Hormonal Bioidêntica. [Local não mencionado]: [Editora não mencionada], [ano não mencionado].

NEJM. Effect of Exogenous Thyroid Hormone Intake on the Interpretation of Serum TSH Test Results. New England Journal of Medicine, v. 340, p. 424, 1999.

WARMINGHAM, P. Effect of exogenous thyroid hormone intake on the interpretation of serum TSH test results. Thyroid Science, v. 5, n. 7, p. 1-6, 2010.

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